Montreal, 17 de agosto: Uma equipe da Universidade de Montreal Centro de Pesquisa Hospital (CRCHUM) descobriu um link romance entre a doença renal crônica e diabetes.

Quando os rins falham, ureia que se acumula no sangue pode causar diabetes, conclui um estudo publicado hoje no Journal of Clinical Investigation.

Foram identificados mecanismos moleculares que podem ser responsáveis ​​por um aumento dos níveis de glicose no sangue em pacientes com doença renal crônica não-diabéticos. Nossas observações em camundongos e em amostras humanas mostram que a doença pode causar diabetes secundário, Dr. Vincent Poitout, pesquisador, Director CRCHUM, e investigador principal do estudo, foi citado como dizendo pelo site da universidade.

doença renal crónica é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal em filtrar e eliminar toxinas a partir do sangue.

Eventualmente, as pessoas afectadas devem ser submetidos a diálise ou transplante renal para eliminar toxinas de sua corrente sanguínea.

É bem sabido que a diabetes do tipo 2 é uma das causas da doença renal crónica.

O nefrologista Laetitia Koppe, que acaba de completar um pós-doutorado no laboratório Dr. Poitouts, provou que o oposto também é verdadeiro.

Cerca de metade das pessoas afectadas pela doença renal crónica têm níveis anormais de açúcar no sangue. Eu me perguntava o porquê. Realizou-se experiências em ratinhos e encontrado a secreção de insulina diminuída das células beta pancreáticas, como observado na diabetes. Observamos as mesmas anomalias em amostras de células pancreáticas de pacientes com doença renal crônica, explicou o Dr. Koppe.

Os pesquisadores destacou o papel surpreendentemente tóxica de uréia, um produto de resíduos nitrogenados normalmente filtrado pelos rins e excretada na urina.

Em pacientes com insuficiência renal crônica, os rins já não são capazes de eliminar toxinas. A ureia é parte deste cocktail de resíduos que se acumula no sangue. Em livros de texto de nefrologia, a ureia é apresentada como um produto inofensivo. Este estudo demonstra o contrário, que a ureia é directamente responsável pela secreção de insulina prejudicada na doença renal crônica, argumentou Koppe.

No coração das células beta pancreáticas, Drs. Koppe e Poitout identificada uma proteína particular, um chamado phosphofruktokinase.

A função desta proteína é alterada por um aumento da ureia no sangue, o que ocorre na doença renal crónica. O aumento da ureia provoca a secreção de insulina diminuída a partir das células beta pancreáticas. Isso cria estresse oxidativo e glicosilação excessiva de fosfofrutoquinase 1, o que provoca um desequilíbrio de glicose no sangue e pode evoluir para diabetes, disse o Dr. Poitout, que também é professor na Universidade de Montreal e do Canada Research Chair em Diabetes e pâncreas Beta-Cell Função.

O estudo é importante porque revela um link e bastante novo mecanismo entre a doença renal crônica e diabetes.

Mais estudos são necessários para validar esses achados em humanos. Mas se nossas observações são confirmadas, isso significará que os pacientes com doença renal crônica não-diabéticos correm o risco de desenvolver diabetes. Pode-se, então, sugerir abordagens terapêuticas, tais como tomar antioxidantes, que podem proteger as células beta do pâncreas e reduzir o risco de desenvolver diabetes, disse o Dr. Poitout.